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O gesso é um aglomerante não hidráulico e aéreo resultante da calcinação da gipsita, mineral geralmente branco e mole e ligeiramente solúvel em água formado de rochas sedimentares (Santana Ferreira; e Silva Fortes, sem data). A produção do gesso passa pela desidratação térmica da gipsita, moagem e seleção em frações granulométricas de acordo com o uso que será dato ao produto.
O gesso apresenta excelentes qualidades para a construção civil nos diversos produtos utilizados – aglutinante, revestimento ou pré-moldados – para a agricultura, a fabricação de produtos cerâmicos, a indústria química, além de insumo para produção artística. O gesso é bom aglutinante, tem excelente aderência e ótima resistência, é leve e resistente ao fogo, e constitui um isolante natural térmico e acústico, além de ter baixo impacto ambiental pela emissão reduzida de gás carbónico quando comparado com a produção de cimento Portland (Barbosa Elias; Macedo de Oliveira; e Ferrari Tubino, 2011). Além disso, o gesso é um produto altamente reciclável permitindo a reutilização e evitando pressão ambiental de rejeitos como em outros produtos, incluindo os insumos da construção civil.
Com diferentes níveis de agregação de valor, o processamento da gipsita pode dar origem a múltiplos produtos, entre os quais se destacam a gipsita moída par uso agrícola, gesso puro para moldagem (oriundo da desidratação), gesso microgranulado, Filler (asfalto e vidro), Anidrita (cimento e tinta), gesso para revestimento de paredes, gesso ortopédico, gesso odontológico, gesso de fundição, gesso cerâmico, molde para louça, peças artísticas, giz, placas, blocos para divisórias, massas e forros, contrapisos, e gesso acartonado.
Geralmente o gesso é classificado em dois grandes tipos de acordo com a qualidade e o valor agregado: gesso alfa, de alta qualidade e maior valor agregado utilizados na indústria cerâmica e em procedimentos médicos e odontológicos; gesso beta, de menor valor agregado e qualidade, utilizado principalmente na construção civil. Entre os dois níveis, ainda existem tipos de gesso de qualidade intermediária.
A cadeia produtiva do gesso tem no seu núcleo central (cadeia principal) quatro segmentos integrados e complementares: extração da gipsita, calcinação, produção de pré-moldados, e produtos especiais de gesso. A construção civil, embora seja um segmento da cadeia a jusante, que utiliza produtos do gesso, tem uma forte e estreita relação na medida em que define parte fundamental dos insumos com suas especificidades.
A montante, a cadeia conta com três grandes atividades produtivas: fabricação de máquinas e equipamentos, fabricação de ferramentas, indústria química, serviços industriais e TIC-Tecnologia de Informação e Comunicação. Por outro lado, a produção de gesso é utilizada em várias atividades produtivas que se situam a jusante da cadeia principal: agricultura, utilizado como corretivo do solo, a indústria de cimento e cerâmica, indústria química, a construção civil, o setor de saúde, especialmente na ortopedia e moldes odontológicos, a arquitetura e decoração de ambientes.
Abaixo a apresentação do consultor da Factta Sergio C. Buarque para a equipe do NAGI-PE:
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