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A indústria de móveis é parte do setor tradicional da economia voltado para a produção de bens de consumo final e se caracteriza pela intensidade em mão de obra e pela predominância de modesto nível tecnológico, embora com diferenciação de qualidade e inovação de acordo com as especificidades do mercado. Os empreendimentos mais modernos da indústria moveleira tendem a se diferenciar no mercado através do design apostando numa demanda da população de renda mais alta e mais elevada exigência, embora a finalidade do design não seja apenas estética mas também de funcionalidade dos móveis (Correia Raposo et ali, 2007).
A indústria de móveis pode ser classificada de acordo com a matéria prima predominante que processa e beneficia: madeira, metal e plástico. No Brasil, segundo estudo do BNDES, o segmento de móveis de madeira (incluindo vime e junco) representa 72% do valor da produção (dados do IBGE de 2006), o segmento de metal é responsável por 12% do valor da produção, o restante (16%) inclui móveis confeccionados em plástico e artefatos do mobiliário (Correia Raposo et ali, 2007). Os móveis de madeira podem ser diferenciados de acordo com o seu perfil: retilíneos – lisos com desenho simples de linhas retas; ou torneados – com detalhes mais sofisticados de acabamento, com formas retas e curvilíneas misturadas. webhosting information nauru Por outro lado, os móveis podem ser diferenciados nos seguintes tipos de usos: residencial, escritório e institucionais (utilizados em hospitais, escolas, lazer, restaurantes, hotéis e similares).
Na indústria de móveis no Brasil e, particularmente em Pernambuco, convivem unidades com diferentes níveis tecnológicos (idade e produtividade das máquinas e equipamentos) decorrente do caráter descontínuo da produção. A automação industrial demanda uma maior padronização dos produtos e implantação de processos contínuos nem sempre possíveis diante da natureza da indústria e suas matérias primas. De acordo com Correia Raposo et ali, as inovações tecnológicas são possíveis em processos contínuos como na produção de móveis retilíneos seriados produzidos com painéis de madeira (Correia Raposo et ali, 2007).
Abaixo a apresentação do consultor da Factta Sergio C. Buarque para a equipe do NAGI-PE:
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