Recife, junho de 2013.
Este texto tem como objetivo, orientar a visão e definir processos de consultores envolvidos em mudanças estratégicas e de inovação nas empresas.
O universo da produção econômica tem uma complexa dinâmica estrutural – assim como as práticas e teorias da administração e da economia desenvolvidas para investigá-lo e operá-lo – que o vem moldando de forma sistemática e abrangente. Esta dinâmica se consolida com o surgimento dos mercados mais organizados durante a Revolução Industrial. De lá para cá, foram muitas as transformações das práticas empresariais, com a extinção e multiplicação de produtos e a ampliação diversificada de novos mercados, nos trazendo, até os dias de hoje, com a sociedade da informação penetrando e transformando as vias capilares da economia, da sociedade e do desejo.
Subjacente a estas transformações, há uma força, ou vetor impulsionador que tem sua raiz mais profunda no desejo e na curiosidade humana. Esta, assim como o desejo, não cessa de atuar nos conduzindo para um futuro que nos pertence mais que pouco sabemos onde vai dar.
Esta força impulsionadora da humanidade é a inovação.
Inovação é fruto da ação humana, sempre aperfeiçoando as ferramentas do homem na sua interação com a natureza, que transformando o presente, deixando seus rastros espalhados pelo passado, nos impõe o futuro. Para o bem e para o mal.
Se fecharmos o foco, ajustando nossas lentes para o universo empresarial, vamos perceber que, abstraindo a instância do conflito entre o capital e o trabalho na criação da riqueza, por não ser este o objeto destas reflexões, há uma relação dialética entre conhecimento e prática na administração das empresas que forjam suas relações com o ambiente de negócio onde atuam.
Este esforço destruidor e criador vêm impactando, através das relações de produção, nossas vidas, de forma incessante e, em alguns períodos da história, de maneira perturbadoramente vertiginosa.
A era da Sociedade da Informação, a que vivemos hoje, é uma delas.
A produção do conhecimento, apesar dos economistas clássicos virem teorizando sobre estes fenômenos desde Adam Smith e David Ricardo, tendo como base esta relação (conhecimento e práxis empresarial), vem tomar corpo no começo do século XX formando a Ciência da Administração, através dos percursores Jules Henri Fayol, Frederick Taylor e Henry Ford.
A Estratégia, pura práxis utilizada nas atividades militares desde os tempos mais remotos da nossa história é, aos poucos inserida como uma componente fundamental para se compreender a prática empresarial uma vez que, tal qual a guerra, envolve competição, conquistas e manutenção do que foi conquistado. A diferença é que, envolvida com um manto mais civilizado, regulado pelo Estado, as atividades empresariais têm no mercado seu principal campo de batalha, em seus produtos e serviços suas principais armas e no cliente, sumo sacerdote da produção, apesar de alienado a este papel, seu principal alvo, pois é ele que finaliza todo o processo da produção, realizando com o ato da compra, a mercadoria.
A inserção da Estratégia na Ciência da Administração fecunda um novo campo que é o da Administração Estratégica.
É sobre estas duas instâncias (Inovação e Administração Estratégica) do conhecimento, entrelaçado pela prática empresarial, que iremos desenvolver nossas ideias.
E a consultoria? Onde se encaixa nesse modelo?
Vemos a atividade de consultoria como um processo de inserção de conhecimento na práxis empresarial, sempre decorrente de uma demanda do empresário, voltado para aperfeiçoar o fluxo de decisão de uma empresa na gestão de seus recursos, na formulação de suas estratégias e na definição de suas estruturas.
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FACTTA CONSULTORIA
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