Formulação de estratégias para o SERGIPETEC

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O SERGIPETEC é o único parque tecnológico de Sergipe. Fundado há cerca de dez anos, atualmente instalado na Federação das Indústrias de Sergipe, prepara-se para, em dezembro de 2015, se mudar para sua nova sede, próxima a Universidade Federal de Sergipe – UFS.

A instituição engloba elementos essenciais à caracterização de um Parque Tecnológico: Empresas, Incubação e startups, Serviços Tecnológicos Especializados, Laboratórios Qualificados e Interação com parceiros conexos.

Seus ativos são relevantes, principalmente com a próxima ocupação das novas instalações ao lado da Universidade Federal de Sergipe, o que poderá consolidar um núcleo territorial na área do Parque, ampliando, em um segundo momento, sua área de abrangência para incluir círculos mais amplos de atuação.

O SERGIPETEC optou por áreas de atuação potencialmente dinâmicas, a saber:

  1. Energia e Meio Ambiente: Energias renováveis, eficiência energética, petróleo, gás natural, reflorestamento, educação ambiental, combate à desertificação e gestão de águas;
  2. Biotecnologia: Fruticultura, agroenergia e controle biológico;
  3. Tecnologia da Informação e Comunicação: Softwares, serviços de informática e gestão pública.

Era necessário, portanto, a formulação de sólidas estratégias que pudessem potencializar o Parque e suas funções conduzindo-o a um fortalecimento institucional, financeiro e político.

O trabalho da Factta envolveu duas linhas de ação investigativas: a primeira voltada para o ambiente interno da instituição, com suas potencialidades, atuais e latentes, e a segunda para o ambiente externo, ambas perpassadas pela atenção de levar esta a atuar nos setores dinâmicos da economia, onde gestão da inovação associada a competitividade global das empresas será meta e base para uma nova plataforma de atuação do Parque.

primeiro momento – o workshop

A Factta Consultoria foi contratada para desenvolver tais estratégias, a serem apresentadas em documento intitulado Princípios Norteadores de um Plano de Negócio. Para tanto era necessário, além do estudo sobre a economia do estado, com sua história, potencialidades e entraves, auscultar os principais parceiros estratégicos do SERGIPETEC. Em maio de 2015 foi realizado o 1º Workshop com resultados valiosos para se repensar o destino da instituição.

Após a análise crítica das propostas a Factta realizou entrevistas individuais com os dirigentes das instituições envolvidas. O objetivo destas entrevistas foi validar e explorar ainda mais a visão de gestores experientes das instituições parceiras, bem como identificar as forças motivadoras, em cada uma delas no sentido de se integrar a este novo momento do SERGIPETEC: sua nova sede e novos e importantes desafios, pleno de potencialidades transformadoras da economia de Sergipe, por meio da inovação.

segundo momento – o modelo conceitual

Para se avançar nas estratégias consolidadoras do SERGIPETEC a Factta estudou diversos casos de Parque tecnológico, no Brasil e no exterior, sempre pautado pela preocupação de adaptar estes modelos a realidade local, de maneira que tal arcabouço conceitual pudesse dar conta — com a necessária eficácia — das estratégias a serem propostas no documento final desta fase do trabalho.

Duas vertentes estruturadoras começam a delinear-se: o SERGIPETEC como protagonista do fortalecimento do Sistema Local de Inovação – SLE/SE e a outra um redirecionamento para o Foco de mercado.

Hub de Inovação

O modelo conceitual proposto é o de um Hub de Inovação, assim definido: Aos clássicos conceitos de Parques Tecnológicos anteriormente descritos vigora dentre os mais avançados o conceito de Hub de Inovação, isto é, o de uma organização que catalisa as relações entre instituições e empresas no sistema local de inovação, atraindo e retendo talentos, conectando competências, fazendo parcerias com entidades globais e atraindo novas indústrias do setor da economia da inovação e do conhecimento. Um Hub de Inovação desencadeia por sua própria existência e por seus processos o estímulo e incentivo ao fortalecimento e à atuação eficaz do Sistema de Inovação no qual se insere.

terceiro momento – as proposições estratégicas

Resultado de profunda reflexão sobre todos os dados identificados ao longo dos trabalhos: workshop, entrevistas, estudos sobre a economia e o governo de Sergipe, estudos sobre parques tecnológicos no Brasil e no exterior, teses de doutorado sobre governança corporativa, gestão do conhecimento e gestão da inovação, foram apresentadas as proposições estratégicas norteadoras para os destinos do SERGIPETEC como um hub de inovação dinâmico e autossustentável.

Todas as estratégias estão posicionadas dentro do que se chamou de macro estratégias, um conjunto de categorias abrangentes que possibilita uma visão do nível mais amplo para os níveis tático e operacionais.

MACRO ESTRATÉGIA 01. Sustentar e avançar com os serviços e produtos atuais, no mercado atual; buscar para eles novos mercados e desenvolver novos produtos para o mercado atual e novos.

MACRO ESTRATÉGIA 02. Desenvolver estratégias e as ações táticas que engastem, exprimam e propiciem corporificar um Sistema Local de Inovação -SLI em Sergipe e que tendam, a médio prazo, a consolidar o SERGIPETEC como um Hub de inovação.

MACROESTRATÉGIA O3.Promover o conceito de Territorialização, a partir da consolidação de suas novas instalações e da ampliação da área de sua abrangência

MACRO ESTRATÉGIA 04. Desenvolver um sistema de Gestão Corporativa adequado a viabilizar a implementação das Macro Estratégias anteriores.

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